Uma prima da minha mãe telefonou-lhe hoje. Já sabia do problema pelo qual está a passar ( a minha tia contara-lhe) e passaram horas ao telefone a falar. Claro está que foram momentos tensos nos quais a minha mãe se fartou de chorar mas mais para fim até acabei por ouvir algumas gargalhadas o que significa que a conversa conseguiu animá-la um pouco. Supostamente essa prima era a melhor amiga de infância da minha mãe e não me canso de afirmar que todos estes telefonemas e conversas, por mais que possam ser desagradáveis e tensos no início servem para a animar e para lhe dar algum alento ao sentir-se acompanhada.
O facto é que toda a gente comenta a situação da minha mãe sem saber ao certo o que se passa. Ninguém conhece o problema na mama, apenas o problema do ombro, e as desconfianças de todos recaem sobre um tumor nesse local. Há no entanto algumas pessoas mais perspicazes que põem a hipótese do tumor da mama que, como é conhecimento de todos, pode afectar toda a zona envolvente, mas a minha mãe prefere não confirmar nada para que a noticia não se espelhe e se crie um ambiente demasiado tenso em torno dela. Pessoalmente não concordo muito: afinal de contas tudo acabará por se saber mais cedo ou mais tarde e ela terá de passar pelas diversas conversas, sussurros disfarçados e concelhos já gastos de tanto terem sido dados por parte das pessoas, mas se é isso que ela quer, também não irei contar a ninguém.
Amanhã chegam os meus primeiros familiares de França. A minha tia Orlanda e as minhas primas, uma sensivelmente da minha idade, outra um pouco mais nova. Sempre foram as minhas colegas de brincadeira de infância, amigas na adolescência… são as filhas do meu tio que morreu em 2003 com cancro no pâncreas. Acho que ainda não têm conhecimento do que se passa com a minha mãe, mas quando tiverem, principalmente a mais velha irá compreender certamente a minha situação e tudo aquilo que estou a sentir com o medo de perder a minha mãe.
Penso que entre todo o desagradável desta situação, o facto de ter surgido neta altura pode ser o único benefício. Sendo verão, e estando próxima a chegada de toda a família, a minha mãe poderá ter muito mais apoio e torno dela o que só poderá ter benefícios. Dia 15 está quase a chegar e começo a sentir um pequeno frio na barriga ao pensar que finalmente se confirmará o medo que tanto me tem atormentado nos últimos dias.
Olá Rui! Tu consegues ver sempre uma luzinha:é de facto muito bom a família estar a chegar, pois a tua mãe vai ter mimo e o mimo ajuda muito, podes crer. O dia 15 não vai ser o pior de todos os dias pois há-de vir uma solução para o vosso problema. Vais ver que concentrares-te na solução ajuda muito. Beijinhos para ti e para a tua mãe.
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ResponderEliminarOlá!
Bom dia, bom Domingo.
Noto-te mais solto do "assunto"...
Agora a família vai ajudar muito.
E tu vais estar mais acompanhado e mais gente da tua idade para espraiares as tuas desilusões.
Confia, confia sempre... e a tua mãe por estar muito doente provávelmente terá ainda muita vida e amor para vos dar a todos.
Um abração,
laura
Olá Rui,
ResponderEliminarHoje estou no hospital de dia a fazer soro e medicação...o bom da coisa é que fico com mais tempo para te ler e poder comentar.
Todos choramos. Todos temos medo dos dias 15 por que passamos. E todos nos sentimos melhor quando vamos conseguindo aproximar a família e os amigos.
Tudo a correr bem, pelo melhor.
Um beijinho,
Lurdes Monteiro.
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ResponderEliminarOlá Rui
ResponderEliminarSó ontem vi o teu blog, através do blog da Alda.
Estive a ler desde o principio e gostei do que li quanto á maneira como tu lidas com a situação. Pois vejo que a tua mãe está bem acompanhada, como já viste pelos comentários das minhas amigas, o apoio da familia, edos amigos, é fundamental.
Quanto á tua mana fazes bem deixá-la ignorar ainda é cedo para lhe dizerem,o que terá de ser feito com algum cuidado.
Vocês setão a passar por um tempo muito dificil, exames e espera de resultados, espero que não seja muito demorado. voltareipara saber noticias, um beijo para toda a familia
12 de Julho de 2009 13:54