31 de Agosto de 2009

PASSEI!!!!!!!!!!! É mesmo verdade, passei no exame de condução. Ainda não acredito, o alivio que sinto é tanto que ainda nem me conformei com o que aconteceu! Vou contar como foi o dia!

Quando cheguei à escola de manhã os instrutores estavam num reboliço a comentar qualquer coisa que me chamou a atenção: segundo eles, nos exames de hoje viriam instrutores novos que implementariam novas regras como estacionar de ambos os lados da estrada, novas formas de contornar rotundas etc etc. Os comentários deles eram do tipo: “Vão-nos reprovar os alunos todos”, “Que chatice, vamos ficar com estes todos mais uma semana”, “Ao menos podiam vir só na próxima para não estragar estes” entre outras pérolas animadoras que prefiro não comentar devido ao nível exagerado de confiança que estavam a depositar em nós. Claro que comecei logo a pensar nestas novas informações com medo que o novo examinador me mandasse fazer algo demasiado complicado para mim! As duas aulas que tive de manhã não correram mal, mas também não correram muito bem. Mas consegui manter-me mais calmo do que pensei que estaria.

Almocei à pressa e à medida que o exame se aproximava comecei a ter uma espécie de “revolver” do estômago muito incomodativo. Tomei a água com açúcar que me “recitaram” aqui no blog mas infelizmente não deu muito resultado. Quando cheguei ao centro de exames conversei um pouco com a rapariga que fez exame comigo e ela também estava muito nervosa. O examinador chegou, propus-me para começar em primeiro, fez-me algumas perguntas sobre mecânica (não percebi grande parte delas mas dei a volta, fi-lo rir e esqueceu-se o assunto. Afinal alguém se sabe dizer como se chama a zona inferior do motor? Eu não sei XD) e finalmente mandou-me arrancar. E no pequeno circuito que fiz (cerca de 20 minutos) fiquei espantado comigo mesmo ao perceber que nunca em nenhuma das aulas que tive estive tão perfeito como hoje: estacionamento, inversão de marcha, rotundas… não tive qualquer problema. O exame acabou tão rápido que fiquei espantado quando o examinador me mandou parar. Apesar de saber que me tinha corrido bem, enquanto a minha colega fez exame continuava nervoso e só quando o examinador disse “Estão os dois de parabéns” é que aliviei e me convenci que tinha mesmo passado!

Acabou a carta! Acabou o levantar cedo, os instrutores, os berros, os erros, o nervosismo… já tenho a carta e nem me lembro bem das implicações disso! Finalmente posso conduzir sem ter alguém ao meu lado a encher-me os ouvidos de pormenores, a ralhar comigo, a demonstrar-me da forma mais rude possível como fazer algo… não posso dizer que tenha desgostado deste período, mas levo más recordações dos instrutores e dos seus métodos de ensino. Não sou uma pessoa rude e por isso fico tão chocado quando o são comigo. Mas são todos assim (ou pelo menos parecem) e não há nada a fazer senão aceder-mos a eles! O que importa é que acabou, estou contente de forma plena e quero ficar assim durante algum tempo.

Uma médica do IPO telefonou para marcar uma consulta para a minha mãe na quinta-feira. Irá fazer a sua primeira sessão de radioterapia, a única antes da operação. O tratamento vai finalmente iniciar-se.