terça-feira, 1 de setembro de 2009

1 de Setembro de 2009

O presidente da junta organizou uma reunião com toda a população (que diga-se de passagem, não é assim tão alargada) onde explicou que se irá realizar um pequeno passeio a Espanha, no dia 13 de Setembro para que todos os elementos da aldeia participem. Desde pequeno que participo nestas viagens turísticas, mais pela diversão do que pela curiosidade de ver os monumentos visitados que são sempre muito parecidos (monumentos e igrejas várias que fazem as delícias das velhotas mais devotas mas que sempre me passaram um pouco ao lado) mas desta vez não sei se vou participar por causa da minha mãe.
Entendam que a minha duvida não passa propriamente pela minha participação mas pela dela. Como já expliquei, a minha mãe começará a radioterapia na quinta-feira e daí penso que não advirá qualquer consequência incapacitante. O problema é que dia 8 começará (em princípio) com a quimioterapia e será muito mais “pesada” do que a radioterapia e que a deixará mais em baixo. Com o passeio cinco dias depois, a minha dúvida é se a minha mãe estará já demasiado cansada e afectada ou se tampouco será aconselhável que participe numa actividade que poderá ser cansativa pouco tempo depois do tratamento. As minhas queridas amigas que já passaram por isto, acham que poderá participar sem problema ou que será aconselhável manter-se em casa a descansar e a recuperar forças?
A minha irmã está muito entusiasmada e pretende seguir na viagem e eu também o deverei fazer. Mas custar-me-á se a minha mãe tiver de ficar por cá sozinha.

10 comentários:

  1. Olá, boa noite,

    Eu sou pai de duas meninas, com 3 e 7 anos.

    Se a vontade delas fosse irem à actividade, eu até facilitaria... a felicidade delas é o mais importante [embora tenha um cancro, elas apenas sabem que tenho uma cicatriz na barriga]. Porém, a minha esposa jamais iria sem mim, mesmo que tentasse convencê-la a ir... E as nossas filhas, quando forem mais crescidas e souberem avaliar a gravidade destas doenças, também estamos convictos de que jamais nos deixariam tão debilitados [como a tua mãe vai ficar, infelizmente] em troca de uma viagem que poderiam fazer em qualquer outro momento, já com a companhia da mãe/pai com mais saúde! O início do cancro, isto é, das agressivas terapêuticas para o fazer diminuir (para facilitar a ressecção cirúrgica) ou desaparecer, precisa de muita disponibilidade familiar, muita sensibilidade, muita entrega de quem nos rodeia, da FORÇA de toda a FAMÍLIA.

    Perdoa-me a frontalidade, mas nesta hora de muito sofrimento [embora tentemos sofrer em "silêncio"], o interesse superior é ajudarem a vossa mãe a sobreviver, a recuperar a saúde na vossa companhia, na companhia de quem mais ama!

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  2. Olá Rui
    Da radio, não posso dizer nada pois eu nunca fiz intenssiva e não sei se vai fazer grande mossa, mas a quimio é que pode dar problemas, depende de qual é a que a tua mãe vai fazer (enjoos, falta de apetite, disturbios intestinais...). De qualquer modo afecta sempre as nossas defesas e com esta história da gripe, e não só, não convém a tua mãe andar em espaços que contacte com muitas pessoas.
    Se fosse eu, ficava em casa sossegada com a minha familia.
    jokas

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  3. oi
    eu fiz quimio e na altura tinha ferias marcadas mas a medica aconselhou-me a nao viajar. mas eu contrariei-a e fui mesmo assim. correu tudo bem e não me aconteceu nada. mas cada caso é um caso e no meu a quimio nao me deitou muito abaixo, nunca tive enjoos, vomitos nem nada disso. o importante é ter cuidado principalmente agora com isto da gripe. mas o ideal é esperar pelo tratamento para ver como a tua mãe se sente.
    bjs

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  4. Ola Rui!

    Tenho acompanhado o teu blog e a história da tua mãe.
    Procura ajuda na Unidade de Diagnóstico de Patologia Mamária do Hospital de S. João (http://www.hsjoao.min-saude.pt/gpm/) de certeza que lá alguém te irá ajudar, tem excelentes médicos.

    Beijos

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  5. Olá Rui,
    Descobri o teu blog por acaso e tenho seguido desde então o teu relato da doença da tua mãe e das dúvidas que tens.
    Eu tive cancro de mama. Descobri um caroço em Maio de 2005 e disseram-me que não era nada. Em Outubro do mesmo ano fui fazer exames e tive a sorte de me cruzar com uma médica que me "salvou a vida" e me levou para a MAC onde fui examinada, avaliada, encaminhada para todo o resto do tratamento. Fiz ao todo 11 sessões de quimio, fiz uma mastectomia, fiz radioterapia e ainda estive mais um ano a fazer um tratamento especial.
    Tudo isto para te dizer que a radioterapia não se sente; é feita com uma máquina como se fosse uma radiografia e as sessões normalmente demoram à volta de 2 minutos (pelos menos as minhas foram assim). A quimio é mais complicada... o tratamento para a mama faz cair o cabelo (no meu caso também as unhas), faz enjoos, modifica o sabor de todos os alimentos e deixa-nos abatidas. Eu fui das felizardas que nunca fiquei de baixa e trabalhei sempre, mesmo a fazer os tratamentos de quimiterapia (ficar em casa a pensar ia dar cabo da minha cabeça).
    Tenho 2 filhos que na altura tinham 12 e 7 anos e sempre tentei mostrar força para que eles não percebessem como me sentia em baixo.
    Só te dou um conselho: não tenhas receio de pedir ajuda a toda e qualquer pessoa para atravessar estes momentos mais dificeis da doença da tua mãe. Há associações para ajudarem, assim como psicologos nos hospitais e é para isso que eles cá estão. Faz uso deles que são uma grande ajuda.
    Se a tua mãe tiver forças nunca a impeças de fazer o que ela quer... com os devidos cuidados, é claro. É porque ela consegue.
    Não te maço mais com o discurso e desejo do fundo do coração que tudo corra pelo melhor.
    Beijinhos e coragem.

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  6. Olá Rui, tenho andado afastada da net, só hoje vi que tinhas passado no teu exame de condução PARABENS.
    Quanto à tua mãe, eu pessoalmente preferi ficar por casa a descansar o mais possível, agora que já passaram uns meses do fim do tratamento é que vou de férias...mas cada pessoa é que deve ver como se sente.
    Força e coragem e continua a apoiar a mãe

    Beijinhos

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  7. Olá Rui,
    Quando venho aqui falar contigo estou a ver-te, pois conheci-te no IPO e na altura disse-te que sempre que precisasses eu estou cá pronta a ajudar.
    Fiz 4+4 sessões de químio, com medicamentos diferentes e embora não tivesse sentido grandes efeitos colaterais, a não ser os mais banais (queda de cabelo, algum cansaço, boca a saber mal e nas ultimas sessões a queda das unhas) o certo é que não me apetecia sair de casa, ou se saísse não gostava de me demorar, o meu marido até dizia "só estás bem onde não estás como o Variações", por isso como o passeio vai ser muito próximo da primeira sessão e a tua mãe ainda não sabe como vai reagir, o meu conselho é que ela fique por casa, mas se ela quizer ir deixa-a ir, isto é apenas eu a falar e a minha experiência também.
    Tudo de bom para vós e um beijinho.
    Isabel Alegria

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  8. Oi Rui
    O passeio será 5 dias após a 1ª sessão de quimio. Mesmo que a tua mãe não sinta grandes efeitos secundários (eu na 1ª senti pouquíssimos) o problema maior, serão as defesas dela, a vulnerabilidade. Os valores só começam a recuperar cerca de uma a duas semanas depois e com esta pandemia, que em espanha tem proporções maiores que em Portugal, eu aconselharia a não ir mas, o melhor, será perguntar à médica que acompanha a sua mãe. Ela saberá o que é melhor.

    Beijinhos

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  9. Olá Rui, em primeiro lugar parabéns por passares, wue alivio deves sentir.
    Em segundo lugar, queres um concelho muito sincero! Aconcelhem-se com o médico ,mas nesta altura todo o cuidado é pouco e se tudo correr bem, se Deus quizer vão ter muitas opurtunidades para passear.
    Saõ jovens, mas tu és um Homem!,

    Beijinhos.

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  10. Rui
    cada caso é um caso!
    Eu só apartir da 3ª quimio é que começei a sentir-me mal mas algumas colegas queixam-se logo na 1ª. Quanto á radio é mais facil sentimos um cansaço para o final mas...é bem mais tolerável que a quimo, sem dúdidas!!
    Acho que deverias esperar por uma altura melhor para poderem passear.
    Beijinhos

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